A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, usou as redes sociais para expressar sua insatisfação com a decisão do Copom. Para ela, não há justificativa técnica, econômica ou moral para manter os juros básicos em um patamar elevado, especialmente em um cenário onde a inflação está controlada. Hoffman criticou a postura do Banco Central em favorecer o mercado financeiro em detrimento da economia real.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também se posicionaram contrárias à decisão do Copom. Ambas as entidades argumentam que a manutenção da Selic em um nível alto prejudica o setor produtivo e desestimula investimentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do país.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) alertaram para os efeitos negativos dos juros altos sobre o consumo das famílias e o desempenho do setor de comércio e serviços. Ambas as entidades afirmam que a estabilidade da Selic em um patamar elevado impacta negativamente a economia como um todo.
As centrais sindicais também se pronunciaram contra a decisão do Copom. Para a CUT e a Força Sindical, a manutenção dos juros básicos em um nível alto boicota a economia e favorece os interesses dos rentistas em detrimento dos trabalhadores. As entidades sindicais ressaltaram a importância de reduzir os juros para estimular o crescimento econômico e garantir a inclusão da população trabalhadora no desenvolvimento do país.
Diante das críticas recebidas, o Banco Central enfrenta pressão para reavaliar sua decisão e buscar alternativas que possam impulsionar a economia brasileira. A questão dos juros básicos se torna cada vez mais relevante para o cenário econômico do país, e a sociedade aguarda por medidas que possam contribuir para um ambiente mais favorável ao crescimento e ao desenvolvimento sustentável.