A denúncia contra a deputada Lucinha envolve a suspeita de integrar a milícia conhecida como Bonde do Zinho, Tropa do Z ou Família Braga, liderada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, com atuação na zona oeste do Rio. A parlamentar e a ex-assessora parlamentar Ariane Afonso Lima foram acusadas pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, de fazerem parte do núcleo político da organização criminosa.
As investigações apontam que Lucinha e Ariane forneceram informações privilegiadas ao grupo, incluindo a agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à zona oeste, permitindo que milicianos se precavessem e evitassem ações policiais. Além disso, as duas teriam tentado interferir para manter a chamada Brecha da P5 no transporte alternativo da cidade, principal fonte de recursos da milícia.
A denúncia também menciona casos de interferência junto a autoridades municipais, tentativas de manipulação de investigações em curso e auxílio a membros presos do Bonde do Zinho. A deputada é acusada ainda de nomear parentes de integrantes da organização criminosa como assessores em seu gabinete.
Diante dessas acusações, as acusadas podem responder pelo crime de constituição de milícia privada, com pena de 5 a 10 anos de prisão, multa e perda da função pública. O processo será encaminhado à Mesa Diretora da Alerj para decisão final em plenário. A transparência do caso será garantida com a publicação do parecer do relator e dos votos dos deputados no Diário Oficial.
Dessa forma, a investigação sobre a deputada Lucinha e sua possível ligação com a milícia continua gerando repercussão e levantando questões sobre a atuação de parlamentares em casos de corrupção e crime organizado. A sociedade aguarda por respostas e posicionamentos claros das autoridades para garantir a integridade e a moralidade na política do estado do Rio de Janeiro.