Os títulos emitidos pagarão uma taxa de retorno de 6,375% ao ano, o que significa que o governo brasileiro pagará os US$ 2 bilhões levantados na Bolsa de Nova York com uma correção de 6,375% ao ano no vencimento dos papéis. Em comparação com a primeira emissão, realizada no ano passado, os investidores pediram taxas de 6,5% ao ano.
O spread, que representa a diferença entre a taxa dos títulos brasileiros e os títulos do Tesouro norte-americano, foi de 212,8 pontos-base. Esse valor corresponde a 2,128 pontos percentuais acima dos papéis dos Estados Unidos, o que impacta diretamente na confiança dos investidores em relação ao Brasil.
A demanda pelos títulos superou a oferta, totalizando US$ 4,7 bilhões em pedidos. A participação dos investidores estrangeiros foi expressiva, com 77% dos compradores provenientes da Europa e da América do Norte. A América Latina, incluindo o Brasil, representou 14% das compras.
Os títulos verdes, vinculados a compromissos com o meio ambiente, são uma forma de investimento sustentável. Os recursos levantados com a segunda emissão financiarão principalmente projetos de saneamento e de economia circular, em conformidade com o Plano de Transformação Ecológica anunciado na COP28 em Dubai.
Parte dos recursos das emissões irá para o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com o objetivo de financiar projetos sustentáveis. Os títulos verdes são considerados um dos pilares para a criação de um cenário mais sustentável e alinhado com as metas ambientais estabelecidas internacionalmente.