A partir do Largo do Arouche, onde está localizado o busto de Luiz Gama, uma caminhada simbólica foi realizada até o Sindicato dos Jornalistas, na rua Rego Freitas, onde ocorreu o lançamento de uma websérie intitulada “Liberdade ou Morte – Histórias que a História Não Conta”, idealizada pelo Instituto Tebas. O primeiro episódio da série foca na vida de Luiz Gama, destacando seu papel crucial na libertação de mais de 500 pessoas da escravidão por meio de seus conhecimentos jurídicos.
O pesquisador, escritor e coordenador do Instituto Tebas, Abílio Ferreira, ressalta a importância de contar a história de Luiz Gama como parte da agenda antirracista em São Paulo. Ele destaca a trajetória de Gama, que mesmo sendo escravizado, tornou-se um intelectual renomado e teve um impacto significativo na história do país.
Dirigido por Alexandre Kishimoto, o primeiro episódio da websérie intitulado “Caminhada Luiz Gama Imortal” recria o cortejo fúnebre que ocorreu em 1882, quando Luiz Gama foi sepultado no cemitério da Consolação. A série destaca as múltiplas facetas de Luiz Gama, que atuou como poeta, jornalista, advogado e republicano, participando ativamente da fundação do Partido Republicano Paulista.
A história de Luiz Gama é marcada por episódios de superação e luta contra a escravidão. Vendido pelo próprio pai aos 10 anos, Gama se tornou alfabetizado aos 17 e descobriu que havia sido escravizado ilegalmente. Com base na lei de 1831, que proibia o tráfico de escravos, ele utilizou seu conhecimento jurídico para libertar mais de 500 pessoas.
A websérie, que está disponível gratuitamente no YouTube, é uma oportunidade única para conhecer e refletir sobre a vida e legado de Luiz Gama, um dos grandes heróis da luta pela liberdade e igualdade no Brasil. Celebrar seu aniversário é também lembrar de sua importância e contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
