Essa perda representa um prejuízo significativo para a biodiversidade e também para a agricultura, visto que as abelhas desempenham papel fundamental na polinização de diversas culturas. Os dados do levantamento indicam que as colmeias foram submersas ou carregadas pela água, resultando na morte de milhares de abelhas. Municípios como Palmares do Sul foram especialmente afetados, com a destruição de mais de duas mil colmeias.
A coordenadora executiva do Programa Observatório de Abelhas do Brasil, Betina Blochtein, ressaltou a gravidade da situação em entrevista à Agência Brasil. Ela destacou que as abelhas que não vivem em colmeias, as não sociais, são ainda mais vulneráveis a alterações climáticas bruscas, e que a perda dessas espécies pode ser ainda maior.
Além do impacto na biodiversidade, a perda de abelhas também afeta diretamente a produção agrícola. Segundo relatórios, 76% das plantas para consumo humano no Brasil são polinizadas por abelhas, o que ressalta a importância desses insetos para a produção de alimentos. Culturas como maçã, soja e diversas outras dependem da polinização das abelhas para garantir a produtividade e a qualidade dos produtos.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de medidas para proteger as abelhas e minimizar os impactos negativos das mudanças climáticas. É fundamental que ações sejam tomadas para preservar esses importantes agentes polinizadores e garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade da agricultura no estado do Rio Grande do Sul.