MACEIÓ – Auxiliar de sala se destaca na produção de figurinos para quadrilha junina da Escola Municipal Pompeu Sarmento: um show de criatividade e dedicação.

O mês de junho traz consigo diversas tradições nordestinas, entre elas, o São João. E para o auxiliar de sala Luiz Maciel, de 35 anos, essa época do ano se torna ainda mais especial. Desde o início de maio, Luiz tem se dedicado integralmente à preparação da Quadrilha Balão Dourado, da Escola Municipal Pompeu Sarmento, para o 22º Festival Junino.

Responsável por coordenar e produzir os trajes dos alunos, Luiz enfrentou o desafio de assumir essa responsabilidade sozinho este ano, deixando para trás a tradição de ser auxiliado por sua tia Antônia nos anos anteriores. Com experiência na quadrilha junina Rosa dos Ventos Alagoana desde 2012, Luiz se sentiu preparado para levar adiante esse projeto.

O tema escolhido para a apresentação deste ano foi “A União do Forró, Xaxado e Baião”, retratando a história de Rosinha, uma moradora de Pompeulândia que se casa com o príncipe Matheus. Personagens como Carolina, inspirada na música de Luiz Gonzaga, e os cangaceiros do bando de Lampião foram elementos essenciais para compor a trama.

A criatividade de Luiz não se limitou aos figurinos, mas também se estendeu à coreografia e à inclusão dos alunos no processo criativo. Além disso, a temática da quadrilha coincidiu com a Campanha da Fraternidade deste ano, ressaltando a importância da união entre diferentes grupos sociais, como os cangaceiros e os moradores da cidade.

O tempo foi o principal desafio enfrentado por Luiz durante todo o processo de preparação, tendo que conciliar seu tempo livre com o dos alunos e encontrar alternativas viáveis para confeccionar os figurinos com os materiais disponíveis. No entanto, o esforço e dedicação de Luiz foram reconhecidos no momento da apresentação, quando viu as crianças felizes com os trajes e o público aplaudindo com entusiasmo.

Para os alunos da Escola Municipal Pompeu Sarmento, o São João vai além das apresentações de quadrilhas, sendo uma oportunidade de aprender e valorizar a cultura nordestina. A inclusão dos alunos no processo criativo e a busca por disseminar conhecimento sobre as tradições juninas destacam a importância desse evento para a comunidade escolar.

Após a experiência de costurar os figurinos dos 44 alunos que se apresentaram, Luiz revelou que já recebeu encomendas de saias juninas e se orgulha do ofício herdado de sua tia. Ainda incerto se transformará a costura em uma renda extra, Luiz planeja continuar promovendo a cultura por meio da quadrilha e de seu trabalho como educador.

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