O treinamento foi ministrado pelo papiloscopista veterano Rogério de Castro, na sede do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió. Rogério explicou que a necropapiloscopia antes era realizada apenas em casos de corpos não identificados, mas com a chegada dos novos papiloscopistas, o exame passará a ser feito em todos os corpos que derem entrada nas unidades de medicina legal.
Durante a capacitação, os papiloscopistas aprenderam a realizar a coleta das impressões papilares logo após a chegada dos cadáveres nos IMLs. Essas informações são então inseridas no Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS), que realiza uma busca nos arquivos civil e criminal do estado, além de verificar a existência de prontuários em bancos de dados de outros estados.
Segundo Rogério, o treinamento foi essencial para preparar os papiloscopistas para identificar corpos em diferentes estágios, desde recentes até em avançado estado de decomposição. Ele ressaltou a importância do exame necropapiloscópico, considerado uma das análises mais rápidas e seguras para a identificação oficial e liberação dos corpos.
Com a implementação desse novo protocolo nos IMLs de Maceió e Arapiraca, os papiloscopistas estão mais preparados para lidar com a identificação de cadáveres, seguindo as técnicas adequadas para cada fase do corpo. A necropapiloscopia se torna, assim, uma ferramenta essencial no trabalho da Polícia Científica de Alagoas na elucidação de casos e na garantia da identificação correta dos indivíduos.
O treinamento foi uma ação importante para capacitar os novos profissionais e reforçar a importância da identificação correta dos corpos que chegam aos IMLs, contribuindo para a investigação de casos criminais e para a garantia dos direitos das vítimas e de seus familiares.