Esse montante arrecadado é o maior para meses de maio desde 1995, início da série histórica, e também representa o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a maio de 2024, totalizando R$ 1,09 trilhão, com um aumento de 8,72% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os dados sobre a arrecadação podem ser acessados no site da Receita Federal. No mês de maio, as receitas administradas pelo órgão totalizaram R$ 196,68 bilhões, o que representa um aumento real de 10,4%.
Diversos fatores influenciaram positivamente esses resultados, incluindo o comportamento da atividade produtiva e a arrecadação com a tributação dos fundos exclusivos, atualização de bens e direitos no exterior, e o retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis. No entanto, o estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta um desastre climático histórico, sofreu perdas na arrecadação devido à situação de calamidade pública.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, explicou que houve uma perda de arrecadação de R$ 4,4 bilhões em maio, devido às medidas de diferimento de tributos federais adotadas em razão dos decretos de calamidade pública nos municípios. Além disso, contribuíram para o aumento da arrecadação no mês as mudanças no Imposto de Renda incidente sobre fundos de investimento e renda obtida no exterior.
Outros fatores que impulsionaram a arrecadação em maio incluem a reoneração das alíquotas do PIS/Pasep sobre combustíveis e o crescimento nas arrecadações do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Trabalho e da Receita Previdenciária. O desempenho positivo da arrecadação reflete o crescimento da atividade econômica e dos indicadores macroeconômicos, como a produção industrial e a massa salarial. Ainda assim, a situação de calamidade no Rio Grande do Sul impactou negativamente os resultados do mês.