O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,519, registrando um aumento de R$ 0,065 (+1,2%). Ao longo de toda a sessão, a cotação da moeda operou em alta, atingindo R$ 5,52 no momento de pico, por volta das 16h. Essa é a maior cotação do dólar desde 18 de janeiro de 2022, quando fechou em R$ 5,56. O dólar acumula uma valorização de 5,14% em junho e de 13,72% ao longo do ano de 2024.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou o pregão com alta de 0,3%, alcançando os 122.701 pontos. Somente nesta semana, o índice acumula uma valorização de 1,07%.
Tanto no cenário nacional quanto internacional, o mercado financeiro enfrentou turbulências. A valorização das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos influenciou o aumento do dólar em escala global, enquanto juros altos em economias desenvolvidas motivaram a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Internamente, diversos fatores contribuíram para a instabilidade do mercado. As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o plano de ajuste fiscal, priorizando o aumento da arrecadação em detrimento dos cortes de gastos, foram mal recebidas pelos investidores. Além disso, a divulgação de que o déficit primário em maio foi de R$ 61 bilhões, influenciado pela antecipação do décimo terceiro para a Previdência Social, foi pior do que a previsão feita pelo Prisma Fiscal, gerando apreensão entre os analistas de mercado.
Diante desse cenário de instabilidade, o mercado financeiro permanece atento às próximas movimentações e decisões que impactarão os investimentos e as bolsas de valores.