Segundo relatos, a denúncia do crime partiu de uma criança de apenas 11 anos, que afirmou ter sido abusada pelo próprio tio no povoado Xexéu, localizado na zona rural de Arapiraca. Após a denúncia, um inquérito foi instaurado para investigar o caso.
A investigação teve um desdobramento surpreendente quando a equipe policial teve acesso a desenhos e rascunhos feitos pela vítima, nos quais ela expressava suas angústias e vivências. Esses desenhos foram encontrados por uma irmã mais nova da vítima, que os mostrou para a mãe.
Os desenhos revelavam detalhes íntimos do corpo da criança, com setas apontando para essas regiões e frases que indicavam os abusos sofridos. Elementos como “eu não so mais vigis”, “ele toco ei mi”, e “e eu não podia cota para” foram cruciais para evidenciar a gravidade da situação.
Além disso, durante as investigações, descobriu-se que a vítima chegou a tentar tirar a própria vida devido aos traumas causados pelos abusos sofridos. Com base nas provas reunidas, a delegada Maria Fernandes Porto solicitou a prisão preventiva do acusado, que foi prontamente decretada pelo Poder Judiciário.
A equipe da Delegacia Especial da Criança e do Adolescente cumpriu o mandado de prisão, colocando o acusado à disposição da Justiça. O caso reforça a importância da denúncia de crimes como esses, a fim de garantir a proteção das vítimas e a punição dos agressores.