No comunicado, os países rejeitaram veementemente qualquer tentativa de mudança de poder por meio da violência e de forma inconstitucional, que possa desrespeitar a vontade popular, soberania e autodeterminação dos povos. Além disso, expressaram solidariedade e apoio irrestrito ao governo constitucional do presidente Luis Arce e suas autoridades democraticamente eleitas.
A Bolívia, que está em processo final de ingresso no Mercosul e deve formalizar sua entrada na próxima Cúpula de Chefes de Estado do bloco em julho, foi alvo do golpe liderado pelo general Juan José Zúñiga no dia 26. Soldados armados com tanques blindados conseguiram entrar no palácio presidencial após arrombar uma porta, mas acabaram se retirando do local após o presidente Arce nomear novos comandantes para as Forças Armadas.
Zúñiga e cerca de uma dezena de militares bolivianos foram presos após a tentativa de golpe. O episódio gerou preocupação entre os países do Mercosul, que reforçaram seu compromisso com a democracia e repudiaram qualquer tipo de ação que possa ameaçar a estabilidade política e social de um país irmão.
A entrada da Bolívia no Mercosul, que já foi ratificada por todos os membros do bloco, representa um importante passo para a integração regional e para o fortalecimento da cooperação entre os países da América do Sul.