BRASIL – Operação CashBack: Polícia Federal e Gaeco/MPRJ desarticulam quadrilha de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em ação conjunta

Hoje, uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) está em andamento para desmantelar uma quadrilha que atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em vários estados do país. A ação, chamada de CashBack, está cumprindo 18 mandados de prisão preventiva e ao menos dez de busca e apreensão em locais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, relógios Rolex, joias, telefones celulares e uma quantia em dinheiro em espécie em uma das residências do principal alvo, em Itapema, Santa Catarina. Outras buscas foram realizadas em uma cobertura de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

Além das prisões, também serão realizadas medidas de sequestro de bens e bloqueio de contas de integrantes da quadrilha. As investigações tiveram início com a apreensão de R$ 1,5 milhão escondidos na carroceria de um carro que seguia do Rio para São Paulo, em janeiro de 2022, pela Delegacia de Repressão a Drogas da PF. Subsequentemente, foram encontradas grandes quantidades de drogas sendo transportadas e encaminhadas a comunidades dominadas por facções criminosas no Rio de Janeiro.

De acordo com as autoridades, a organização criminosa é responsável pelo transporte de drogas entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, abastecendo comunidades como o Complexo do Alemão e o Complexo do Salgueiro. Um esquema financeiro foi estruturado para ocultar os lucros obtidos com a venda das drogas, com aquisições de carros de luxo usados como pagamento e movimentações financeiras realizadas por terceiros.

A investigação resultou na descoberta de que o grupo movimentou cerca de R$ 15 milhões no primeiro semestre de 2021, com um único integrante movimentando R$ 14 milhões entre março e dezembro do mesmo ano. O Ministério Público já apresentou denúncia à Justiça, acusando os envolvidos de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, com penas somadas podendo chegar a 35 anos de reclusão.

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