A reclamação disciplinar é um procedimento inicial para analisar a conduta do desembargador e pode resultar na abertura de um processo disciplinar formal. Segundo o ministro Salomão, é fundamental que o Judiciário repudie qualquer forma de discriminação ou violência, garantindo tratamento igualitário a todos que frequentam ou utilizam os serviços judiciários.
A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul também está acompanhando o caso e planeja denunciar o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho. De acordo com o Estatuto da Advocacia, a advogada gestante tem o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante sessões de julgamento em tribunais de todo o país.
Durante a sessão em questão, Marianne Bernardi aguardou por horas o julgamento de seu processo e teve seu direito de preferência negado pelo desembargador Luiz Alberto de Vargas, que alegou que a prioridade não se aplicava a sessões virtuais. A advogada defendeu seus direitos, enquanto outros desembargadores, advogados e procurador do Trabalho presentes na sessão a apoiaram.
O desembargador chegou a questionar a gravidez da profissional, o que levou Marianne a mostrar sua barriga para a câmera. Até o momento, a assessoria de imprensa do tribunal não se manifestou sobre o episódio. O caso continua em desenvolvimento e o CNJ está atento para assegurar a conduta ética e respeitosa no judiciário brasileiro.