BRASIL – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribui alta do dólar a “muitos ruídos” e defende melhoria na comunicação do governo econômico

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a recente alta do dólar a diversos fatores que ele denominou como “muitos ruídos”, durante uma declaração feita nesta segunda-feira (1º). Haddad reconheceu que a moeda norte-americana subiu mais em relação ao real do que em comparação com moedas de países emergentes.

Durante a entrevista, concedida após o fechamento do dólar em R$ 5,65, atingindo o maior nível em dois anos e meio, o ministro destacou a importância da melhoria na comunicação do governo para informar melhor os resultados econômicos do país. Ele afirmou que é necessário comunicar de forma mais eficiente os resultados econômicos alcançados pela nação.

Haddad ressaltou que, apesar da desvalorização de outras moedas ter ocorrido em diversos países ao redor do mundo, a desvalorização do real foi mais acentuada em comparação com países como Colômbia, Chile e México. No entanto, o ministro não especificou quais seriam os ruídos que estariam provocando essa desvalorização.

O ministro expressou sua expectativa de que o dólar irá se estabilizar nas próximas semanas e até mesmo reverter parte da alta recente. Ele afirmou que a eventual intervenção do Banco Central no câmbio é uma decisão que cabe exclusivamente à autoridade monetária.

Além disso, Haddad mencionou um aspecto positivo para a equipe econômica, que se refere aos resultados da arrecadação de junho, os quais foram informados à ele pela Receita Federal no mesmo dia da entrevista. Segundo o ministro, esses números superaram as expectativas, mesmo com o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre as contas públicas.

Por fim, Haddad abordou temas relacionados ao Orçamento de 2025, destacando a importância das medidas de corte de gastos e o contingenciamento de verbas públicas para o Orçamento deste ano. Ele informou que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir esses assuntos e garantiu que a equipe econômica está confiante em enviar ao Congresso um projeto com receitas e despesas equilibradas.

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