Enquanto diversas obras de recapeamento asfáltico em ruas de bairros nobres de Maceió, como a Avenida Sandoval Arroxelas, na Ponta Verde, e a Avenida João Davino, na Jatiúca, seguem a todo vapor, a parte alta da cidade sofre com o descaso do poder público. Bairros inteiros permanecem sem infraestrutura adequada, evidenciando a falta de interesse da gestão em atender essas comunidades.
O pré-candidato à prefeitura de Maceió, Rafael Brito (MDB), intensifica a oposição ao prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), destacando o tratamento desigual dado às áreas nobres em detrimento das regiões periféricas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado federal denuncia a precariedade das ruas do Benedito Bentes, onde não há asfalto, sinalização e a população convive diariamente com o barro, a poeira e a lama.
“Tirando as ruas da parte baixa, o que vemos em Maceió são situações como essas que mostro no vídeo: ruas sem pavimentação, sem saneamento, lixo espalhado pelas calçadas. Repito, não sou contra as festas de São João, mas garanto a vocês que é possível fazer festa e, ao mesmo tempo, cuidar das necessidades básicas do maceioense. Os moradores dos bairros da parte alta não podem continuar vivendo desse jeito”, declarou Rafael Brito.
O alerta feito por Brito ocorre em um contexto onde a gestão de JHC direcionou mais de R$ 20 milhões para pagar artistas de fora de Maceió para as celebrações do São João na capital alagoana. Esse investimento massivo contrasta com o evidente abandono das necessidades básicas da população da parte alta da cidade, gerando revolta entre os moradores.
Na publicação, Rafael Brito questiona os moradores sobre suas preferências: investir em infraestrutura, como asfaltar as ruas onde vivem, ou continuar com a prefeitura gastando quantias exorbitantes em cachês para shows. A resposta é clara: a população prefere ruas asfaltadas e dignidade para viver em Maceió.
“O show do Gusttavo Lima dura duas horas e custa R$ 1,2 milhão, valor que poderia ser utilizado para asfaltar uma rua de 900 metros de comprimento e 6 metros de largura. O que você prefere? A verdade é que é possível fazer festa gastando menos e, ao mesmo tempo, garantir recursos para atender as necessidades da população”, defendeu Brito.