Em março, Minas Gerais era responsável por cerca de um terço de todos os casos prováveis de dengue no país, evidenciando a gravidade da situação. Mesmo com a melhoria dos índices epidemiológicos, o estado ainda lidera o ranking nacional em números absolutos, totalizando mais de 1,6 milhão de casos prováveis da doença somente neste ano.
Além disso, Minas Gerais apresenta o segundo maior coeficiente de incidência de dengue do Brasil, com 8.059 casos para cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal. Os números de óbitos também são preocupantes, com 753 mortes confirmadas por dengue e 735 em investigação.
A letalidade da doença entre os casos graves chega a 5,82% no estado, com a maioria dos registros ocorrendo em mulheres e a faixa etária mais afetada sendo dos 20 aos 29 anos. A explosão de casos de dengue em janeiro levou o governo a decretar emergência em saúde pública, visando facilitar o acesso a recursos federais e agilizar medidas de combate à doença.
Foi estabelecido o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses) para atuar de forma coordenada no enfrentamento das arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A integração e análise de dados foram fundamentais para embasar as decisões dos gestores de saúde.
Até o início de junho, 267 municípios mineiros haviam decretado situação de emergência em saúde pública por arboviroses, reforçando a gravidade do problema enfrentado no estado. Com a declaração do fim da situação de emergência, as autoridades de saúde seguem vigilantes para evitar novos surtos e garantir a proteção da população contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
