Durante seu depoimento, a criança revelou que o suspeito era tio de uma amiga de 11 anos e que recebeu a primeira ligação durante a madrugada. Desconfiada, ela não atendeu na primeira vez, mas ao aceitar a ligação, foi surpreendida com imagens íntimas e áudios do jovem, convidando-a para ir até sua casa.
Assustada com a situação, a menina chamou sua mãe e mostrou tudo o que havia recebido, pois sabia que aquilo era errado. A mãe imediatamente foi até a delegacia e acionou a polícia. Durante o depoimento, o suspeito permaneceu em silêncio.
A juíza responsável pelo caso, Vilma Renata Jatobá de Carvalho, justificou a decisão de conceder a liberdade provisória ao suspeito baseando-se no fato de que o crime em questão não prevê uma pena máxima superior a quatro anos e o réu não possui antecedentes criminais. No entanto, ela ressaltou a necessidade de impor medidas cautelares para garantir a segurança e integridade da vítima.
Assim, a magistrada determinou que o homem utilize tornozeleira eletrônica e mantenha-se afastado por pelo menos 300 metros da residência da menina. Além disso, ele está proibido de manter qualquer tipo de contato com a vítima e sua mãe.
A decisão judicial visa proteger a criança e evitar novos incidentes, demonstrando a importância de se garantir a segurança e bem-estar das vítimas em casos como este.