O relógio danificado, produzido pelo francês Balthazar Martinot, foi presenteado ao imperador Dom João VI pela corte francesa em 1808 e fazia parte do acervo da Presidência da República.
A defesa de Antônio Cláudio fez um pedido de soltura, que foi negado pelo ministro. Esta decisão veio após o réu ter sido condenado na semana anterior a 17 anos de prisão pelo STF, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, dano do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Além da condenação à prisão, os ministros também concordaram com a imposição de um pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados pela invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Durante o processo, Antônio Cláudio admitiu em depoimento que esteve no Palácio do Planalto e que danificou o relógio em questão. Após os atos, ele fugiu para Uberlândia, Minas Gerais, onde foi posteriormente preso pela Polícia Federal.
Essa decisão do ministro Alexandre de Moraes parece refletir a gravidade dos atos cometidos por Antônio Cláudio Alves Ferreira e reforça a importância do cumprimento da lei e da ordem em um Estado Democrático de Direito.