Segundo o tio, o conselheiro em questão é uma figura influente na cidade, com familiares ocupando cargos de confiança na prefeitura. Além disso, ele publicou uma foto ao lado da promotora do Ministério Público apenas um dia após a denúncia, levantando suspeitas sobre sua influência e proteção. O tio, que preferiu não se identificar, afirmou: “Não é coincidência ele manter o cargo de conselheiro há duas décadas”.
A denúncia envolve uma proposta de relação sexual em troca de dinheiro feita pelo conselheiro ao adolescente, que frequentava a mesma escola onde o acusado era coordenador pedagógico. Após a repercussão do caso, o homem foi afastado do cargo de coordenador, porém ainda mantém suas funções como conselheiro, o que tem gerado indignação por parte da família.
Mesmo com a denúncia também sendo encaminhada ao Conselho Tutelar, o conselheiro permanece em atividade, o que tem causado revolta e preocupação aos familiares do adolescente. A Associação de Conselheiros Tutelares de Alagoas informou que aguarda o desenrolar das investigações antes de tomar qualquer medida.
O tio do jovem ainda relatou que, após a denúncia à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o conselheiro passou a perseguir a família, chegando a buscar informações sobre parentes com crianças menores. A situação se agrava com as ameaças feitas pelo acusado ao adolescente, que recusou suas investidas, conforme relatado pelo próprio jovem.
A equipe do g1 tentou contato com o Conselho Tutelar de Murici, mas as ligações não foram atendidas. Além disso, buscou informações com o Ministério Público de Alagoas sobre a atuação da promotora que aparece em uma foto ao lado do conselheiro. A investigação do caso segue em curso, enquanto a família do adolescente busca justiça diante das ameaças e assédio sofrido.