Os responsáveis pelo prédio haviam reconstruído as paredes internas do 2º ao 7º pavimento, bem como a fachada frontal e lateral, desafiando a ordem de paralisação. Com a liminar revogada, a demolição continuou de forma manual para evitar danos às estruturas das construções vizinhas, o que significou um retrocesso para os proprietários, com estimativa de prejuízo em R$ 13 milhões.
Durante a operação, foi descoberto que uma unidade do prédio já estava sendo alugada por R$ 1.800, e a família que ali morava havia sido notificada para desocupar o imóvel devido a uma dívida de aluguel. O Secretário de Ordem Pública, delegado Brenno Carnevale, ressaltou a importância da ação para garantir a segurança e a integridade das pessoas que poderiam vir a ocupar o local, além de combater as atividades ilegais do crime organizado, que encontram nessas construções uma forma de lavagem de dinheiro.
A região mais afetada pelas demolições é o Recreio dos Bandeirantes, onde a maioria das ações foi direcionada a construções irregulares ligadas à milícia. Desde 2021, a prefeitura já realizou mais de 4 mil demolições em todo o município, totalizando um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos construtores envolvidos nessas atividades ilegais. A operação realizada nesta quinta-feira reforça o compromisso das autoridades em combater o crime organizado e garantir a segurança e a legalidade nas construções na cidade do Rio de Janeiro.