Segundo o magistrado, as atividades desempenhadas por esses servidores são essenciais e não podem ser interrompidas. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) divulgaram uma nota conjunta orientando a realização de assembleias extraordinárias para garantir o cumprimento imediato da determinação.
Apesar da decisão, as entidades sindicais afirmaram que vão recorrer, destacando que o cumprimento não implica em aceitação. Apenas as áreas específicas ordenadas pela decisão judicial voltarão às atividades, enquanto os demais servidores continuarão em greve.
O ministro Og Fernandes não declarou a abusividade da greve, restando a questão do mérito ser julgada pelo relator do tema no STJ, ministro Paulo Sérgio Domingues. A decisão liminar tomada durante o plantão judicial ainda gera controvérsias, com as entidades sindicais considerando a atitude do governo como inaceitável.
A greve dos servidores ambientais teve início em 1º de julho, em meio a negociações que se arrastam desde outubro de 2023. A AGU argumentou que a paralisação é abusiva diante da proposta de reajuste real nos salários dos servidores feita pelo governo federal. Além disso, a União alega que a gestão ambiental de unidades de conservação está comprometida, o que pode afetar a proteção do meio ambiente. A greve afetou unidades em 25 estados e no Distrito Federal.
A luta entre os servidores e o governo continua, com esforços para reabrir as negociações e buscar soluções para ambas as partes.