A manifestação dos advogados surgiu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornar público o relatório que denunciava Bolsonaro e mais 11 investigados pelo suposto desvio das joias, que poderiam alcançar o valor de R$ 6,8 milhões, segundo a Polícia Federal.
Os advogados, Paulo Bueno e Daniel Tesser, defendem que todos os ex-presidentes tiveram seus presentes analisados da mesma forma e que a destinação dos itens era feita seguindo critérios estabelecidos pelo GADH, sem interferência do presidente. Eles ressaltaram que as joias foram devolvidas após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) em março do ano passado, evidenciando a intenção de não se apropriar de bens públicos.
A Polícia Federal, por sua vez, revelou que parte das joias sauditas saiu do país em uma mala transportada no avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro deixou o Brasil para passar um período nos Estados Unidos ao final de seu mandato. Os investigadores também apontaram que não houve movimentações suspeitas nas contas do ex-presidente, levando-os a concluir que Bolsonaro utilizou o dinheiro obtido com a venda das joias para custear sua estadia nos EUA.
Diante dessas acusações e da defesa apresentada pelos advogados de Bolsonaro, o caso ganha cada vez mais repercussão e levanta questionamentos sobre a conduta do ex-presidente durante seu mandato e sua relação com presentes recebidos em viagens oficiais. A investigação continua e novos desdobramentos são aguardados para esclarecer esse caso controverso.