De acordo com as investigações, João Pedro foi atingido nas costas por um fragmento de um tiro de fuzil que atingiu uma pilastra próxima de onde ele estava deitado junto com dois amigos. A residência onde o adolescente se encontrava ficou com mais de 70 marcas de tiros. A decisão da juíza surpreendeu a família da vítima, que esperava que os policiais fossem a júri popular.
A mãe de João Pedro, Rafaela Santos, expressou sua indignação com a sentença, afirmando que a justiça está normalizando operações policiais que resultam em mortes de inocentes. Ela informou que pretende recorrer da decisão, demonstrando que a luta por justiça continua, mesmo diante da decisão judicial.
Além disso, a ONG Rio de Paz também criticou a decisão, destacando a impunidade dos assassinos e a dor das famílias que perdem seus entes queridos. O episódio de João Pedro é retratado como mais um caso de violência policial que atinge a população mais vulnerável, especialmente os jovens negros e moradores de favelas.
A falta de punição para casos como esse levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema de justiça, especialmente no Rio de Janeiro, onde a violência policial é uma realidade constante. A luta por justiça e por um sistema mais justo e igualitário segue sendo uma pauta urgente e necessária.