A principal ferramenta dessa estratégia são as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que consistem em recipientes com água parada impregnada com larvicida piriproxifeno. As fêmeas do Aedes aegypti são atraídas para depositar seus ovos nesses recipientes, onde acabam entrando em contato com o larvicida. Dessa forma, ao se deslocarem para outros locais de reprodução, elas levam o larvicida consigo, contribuindo para reduzir o desenvolvimento das larvas e, consequentemente, a população de mosquitos.
Segundo a nota informativa emitida pelo Ministério da Saúde, o processo de adoção das EDLs envolve cinco etapas, desde a manifestação de interesse dos municípios até o monitoramento da implementação da estratégia. Inicialmente, 15 cidades foram escolhidas para participar desse projeto piloto, levando em consideração critérios como população, índices de doenças transmitidas pelo mosquito e capacidade técnica local.
Além das EDLs, o Ministério da Saúde também recomendou a adoção de outras tecnologias no combate ao Aedes aegypti, como as ovitrampas para monitoramento da população de mosquitos, a borrifação residual intradomiciliar em locais com grande circulação de pessoas e a técnica do inseto estéril por irradiação. Outra estratégia mencionada é o Método Wolbachia, que envolve a introdução de uma bactéria nos mosquitos para bloquear a transmissão de vírus aos seres humanos.
Essas novas tecnologias complementam as intervenções tradicionais de combate ao mosquito, que incluem a educação da população sobre a eliminação de criadouros e a identificação de focos de reprodução. A combinação de diferentes métodos visa aumentar a eficácia das ações e obter melhores resultados na redução da população do Aedes aegypti e, consequentemente, na prevenção de doenças transmitidas por ele.