De acordo com informações preliminares, estima-se que o grupo tenha desviado cerca de R$ 10 milhões dos beneficiários dos programas sociais, contando com a cooperação de um servidor e duas funcionárias terceirizadas da Caixa Econômica Federal, instituição responsável pelos pagamentos. Os funcionários da Caixa recebiam propina para facilitar o acesso dos criminosos ao aplicativo Caixa Tem, por onde eram efetuados os desvios.
A investigação revelou que os fraudadores abriam diversas contas bancárias em nome de pessoas em situação de rua, sem o conhecimento das vítimas sobre a utilização indevida de suas identidades. Com acesso às contas digitais por meio do aplicativo Caixa Tem, os criminosos desviavam os valores recebidos dos programas de assistência social para as contas abertas fraudulentamente.
Posteriormente, os recursos desviados eram distribuídos entre os membros da associação criminosa responsável pela fraude. Até o momento, seis pessoas foram presas no âmbito da operação, sendo três no Rio de Janeiro (com destaque para São Gonçalo e Niterói), uma em São Paulo, uma no Amazonas e outra no Piauí.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, no Rio de Janeiro, e as investigações contaram com o apoio e colaboração da Caixa Econômica Federal. A PF segue atuando no desmonte desse esquema criminoso que prejudica milhares de pessoas que dependem dos programas de transferência de renda para sua subsistência.