Os investigados que tiveram a prisão mantida são Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército. A justificativa para a manutenção das prisões ainda não foi divulgada, mas a decisão foi tomada após uma audiência de custódia realizada por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), os cinco acusados teriam participado do monitoramento ilegal com o conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O programa First Mile teria sido utilizado para espionar ilegalmente autoridades do Judiciário, do Legislativo, da Receita Federal e jornalistas, conforme apontam os investigadores.
A Agência Brasil não conseguiu contatar as defesas dos investigados, porém Alexandre Ramagem negou ter participado de atividades ilegais durante sua gestão na Abin. Ele alegou que os nomes mencionados na investigação foram citados em conversas de WhatsApp e mensagens de outros investigados, mas não em relatórios oficiais. O deputado também negou ter favorecido o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e afirmou que não houve interferência em processos relacionados a ele.
Flávio Bolsonaro se defendeu das acusações e alegou que a divulgação do relatório de investigação da PF foi uma tentativa de prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto até o momento.
A operação continua em andamento e novas informações podem surgir nas próximas horas. A Justiça segue investigando o caso para esclarecer todas as circunstâncias envolvidas.