A manifestação de Ramagem surge em resposta ao relatório da Polícia Federal sobre a investigação da chamada Abin Paralela, cujo conteúdo foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo a PF, servidores da ABIN utilizaram a ferramenta First Mile para monitorar autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo, além de servidores da Receita Federal e personalidades públicas como jornalistas. Ramagem, que adquiriu a referida ferramenta durante sua gestão, afirma que a compra e o uso da mesma foram realizados de forma legal e que todas as exigências legais foram cumpridas.
Em uma publicação em sua conta no X (antigo Twitter), Ramagem negou as irregularidades apontadas pela PF e acusou a instituição de apresentar ilações e conjecturas superficiais à imprensa. O deputado ressaltou que não houve interferência da ABIN em favor do senador Flávio Bolsonaro durante sua gestão e que todas as ações foram pautadas pela legalidade.
O senador Flávio Bolsonaro também se pronunciou, afirmando que a divulgação do relatório de investigação teve como objetivo prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. Flávio argumentou que não existia relação entre ele e a ABIN e que a divulgação do documento visava apenas atrapalhar a pré-campanha de Ramagem.
Diante das acusações e da repercussão do caso, cabe às autoridades competentes conduzir uma investigação imparcial e rigorosa para esclarecer os fatos e determinar se houve de fato irregularidades na conduta da ABIN durante a gestão de Alexandre Ramagem. Enquanto isso, as partes envolvidas continuam a se manifestar e a defender suas posições perante a opinião pública e a justiça.