Vereadores da Barra de São Miguel condenados por improbidade administrativa exigem afastamento da presidente da Câmara

No cenário político da Barra de São Miguel, uma situação de grande repercussão tomou conta da sessão da Câmara de Vereadores realizada ontem, dia 5. O vereador Júlio Bob Esponja fez uma exigência contundente: o afastamento imediato da presidente da Casa, Maria Quitéria Correia dos Santos Paula. O motivo? Uma condenação por improbidade administrativa, juntamente com os vereadores Diney Apratto Torres Pugliesi e Eliane Andrade da Cruz.

As acusações que levaram a essa condenação partem do Ministério Público de Alagoas e envolvem práticas de enriquecimento ilícito e danos ao erário público. Entre as irregularidades apontadas estão locações de veículos a preços suspeitos, notas fiscais de combustíveis que levantam questionamentos sobre os deslocamentos realizados e diárias para congressos em Maceió, cidade localizada a menos de uma hora de carro da Barra de São Miguel.

Segundo as investigações, Maria Quitéria teria se beneficiado de maneira indevida ao locar um veículo por um valor muito acima do praticado no mercado, percorrendo mais de 300 km diários. Já Eliane Andrade e Diney Pugliesi também teriam lucrado com a mesma prática, alugando veículos por valores exorbitantes e realizando deslocamentos questionáveis.

Além disso, as diárias recebidas pelos vereadores para participarem de congressos em Maceió foram consideradas ilegais, uma vez que os custos de viagem já estavam cobertos pelas verbas de combustível. Como penalidade, os envolvidos foram sentenciados a devolver os valores indevidos e pagar uma multa civil correspondente.

O juiz responsável pelo caso, Raul Cabus, determinou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fosse notificado para que os condenados fossem registrados no Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Atos de Improbidade Administrativa e Inelegibilidade. Essa decisão visa impedir que os envolvidos em irregularidades dessa natureza possam se candidatar a cargos públicos no futuro. A conduta dos vereadores da Barra de São Miguel serve como alerta para a necessidade de transparência e ética na administração pública.

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