“Ele resistiu bravamente por 3 meses. Peço que todos orem por ele, por sua alma e por tudo o que ele fez pelo Rio de Janeiro e pelo Brasil. Pela sua paixão pela música, pelo futebol e pela linda família que ele construiu”, declarou o filho do escritor. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o enterro.
Nascido no bairro de Cascadura, na zona norte do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral era conhecido por suas duas grandes paixões: o Clube de Regatas Vasco da Gama e a música popular brasileira. Suas pesquisas resultaram em diversos livros, incluindo importantes biografias de ícones como Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão e Eliseth Cardoso. Em 1998, ele foi o responsável pelo Livro Oficial do Centenário do Vasco.
Com uma carreira brilhante no jornalismo desde os 20 anos, Sérgio Cabral passou por diversos veículos de comunicação, atuando como repórter, redator, cronista, editor e comentarista de esportes e música. Ele também teve participação ativa em O Pasquim, jornal de resistência à ditadura militar, o que o levou até mesmo à prisão.
Além de sua carreira jornalística, Cabral também teve uma trajetória política, exercendo três mandatos como vereador do Rio de Janeiro e ocupando cargos como Secretário Municipal de Esportes e Lazer. Sua atuação também se estendeu como conselheiro do Tribunal de Contas do Município, cargo do qual se aposentou em 2007.
Como compositor, Sérgio Cabral também deixou sua marca, com canções que tocaram o coração do público, como “Os Meninos da Mangueira”, em parceria com Rildo Hora. Sua morte representa uma grande perda para o cenário cultural e jornalístico do Brasil, deixando um legado de comprometimento e paixão por sua profissão e por suas raízes.
