Uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que o número de crianças não vacinadas no Brasil vem diminuindo. Essa redução colocou o país fora da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas, o que representa um avanço significativo para a saúde pública brasileira.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atribui parte desse sucesso ao Movimento Nacional pela Vacinação, iniciativa lançada pelo governo em 2023, que contribuiu para reverter o cenário de queda na cobertura vacinal observado nos anos anteriores. Desde então, o país vem registrando melhorias constantes na imunização da população, com destaque para o aumento da cobertura vacinal de diversas vacinas do calendário infantil.
Para Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, a confiança da população nas vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS) foi fundamental para o sucesso das campanhas de vacinação. Ela ressaltou a importância do papel desempenhado pelo Ministério da Saúde, pelas sociedades médicas e pelas famílias na promoção da imunização e na disseminação de informações confiáveis sobre os benefícios das vacinas.
Além disso, Melissa Palmieri, do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, destacou que o aumento da cobertura vacinal não só protege as crianças vacinadas, mas também contribui para a proteção daquelas que, por motivos de saúde, não podem receber determinadas vacinas. Isso cria uma rede de proteção indireta que beneficia toda a população.
Os especialistas alertam para a importância de manter altas taxas de cobertura vacinal, pois a falta de imunização adequada pode resultar no ressurgimento de doenças preveníveis, como sarampo, coqueluche e poliomielite. Portanto, a conscientização e o engajamento dos pais e responsáveis continuam sendo fundamentais para garantir a segurança e a saúde das crianças e adolescentes no Brasil.