A investigação realizada durante a Operação Rei do Gado tem como objetivo reunir provas contra um esquema de sonegação fiscal envolvendo as vendas fraudulentas de gado que teriam ocorrido entre julho de 2020 e abril de 2023, totalizando cerca de R$ 1,4 bilhão em transações suspeitas. Segundo a Receita Federal, a sonegação de impostos federais na compra e venda de quase 450 mil bovinos em diferentes estados brasileiros, como São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal, é estimada em cerca de R$ 300 milhões.
Além dos mandados de busca e apreensão e da prisão preventiva, as autoridades também determinaram a suspensão judicial de servidores públicos envolvidos no esquema criminoso, assim como o sequestro e bloqueio de bens dos suspeitos, no valor equivalente a R$ 67 milhões. O esquema de sonegação era complexo, envolvendo quatro núcleos distintos, com funções específicas atribuídas a cada um, desde a inserção de dados falsos em sistemas oficiais até a emissão de notas fiscais avulsas falsas e o uso de pessoas “laranjas” para ocultar a verdadeira origem das transações.
A Operação Rei do Gado revelou um sofisticado esquema de sonegação fiscal no setor agropecuário, demonstrando a importância de ações de fiscalização e combate à corrupção para garantir a integridade e transparência no mercado de gado no Brasil. Este tipo de operação demonstra a seriedade com que as autoridades têm lidado com casos de sonegação e corrupção, buscando garantir que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos e que as leis do país sejam cumpridas.
