O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena, liderou as equipes do governo federal em uma missão para verificar a situação dos guarani-kaiowá, ouvir suas demandas e garantir a segurança dos envolvidos nos últimos confrontos. Durante a visita, os representantes estiveram na Terra Indígena Amambaipegua I e no Tekoha Kunumi, local onde ocorreu o ataque.
Relatos dos indígenas indicaram que foram cercados por caminhonetes e atacados com disparos de arma de fogo durante os incidentes. A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada para proteger os indígenas e evitar novos ataques. O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego de agentes da Força Nacional para preservar a ordem e a integridade nas aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e regiões fronteiriças.
Além disso, a comitiva federal também visitou os territórios Tekoha Panambi e Tekoha Yvyajere, na Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica, onde indígenas foram alvo de tiros após decidirem retomar parte do território ancestral. A discussão em torno da demarcação de terras indígenas no estado é um ponto sensível, com processos judiciais que têm impedido a conclusão do processo demarcatório e gerado insegurança para as comunidades locais.
A comitiva é composta por representantes de diversos órgãos governamentais e tem como missão mediar os conflitos e buscar soluções para garantir a segurança e os direitos das comunidades indígenas. A preocupação com a violência e a insegurança jurídica vivenciada há décadas na região permanece, com a presença de agentes da Força Nacional sendo essencial para proteger as comunidades vulneráveis.
A escalada dos conflitos no Mato Grosso do Sul motivou a expectativa de que a comitiva federal também visite o Paraná, onde situações semelhantes têm sido registradas nas últimas semanas. A necessidade de ações concretas por parte do governo para resolver os conflitos fundiários e garantir a segurança das comunidades indígenas é urgente e demanda uma resposta eficaz por parte das autoridades competentes.