O diagnóstico positivo foi realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), que é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da doença de Newcastle. A investigação do caso ficou a cargo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), que encaminhou as amostras para análise laboratorial.
Após o diagnóstico, o estabelecimento avícola foi imediatamente interditado, com suspensão da movimentação das aves. A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Seapi, irá aplicar os procedimentos de erradicação do foco, conforme estabelecido no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, o que inclui a eliminação e destruição de todas as aves do local e a limpeza e desinfecção da área.
Além disso, será realizada uma investigação complementar num raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco, juntamente com outras medidas necessárias de acordo com a avaliação epidemiológica. Porém, o Ministério garante que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanece seguro e sem contraindicações.
A doença de Newcastle é causada pelo vírus paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), que é virulento em aves de produção comercial. Além das aves, a doença pode afetar répteis, mamíferos e até mesmo humanos. Com os últimos casos registrados no Brasil datando de 2006 em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, é importante seguir com as medidas de controle e prevenção para conter a disseminação da doença e proteger a saúde dos animais e da população em geral.