BRASIL – Ministra garante revisão de gastos com inteligência e justiça social, economizando R$ 12 bi no Bolsa Família sem comprometer programas.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em entrevista exclusiva ao programa “Bom Dia, Ministra”, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), destacou a importância da revisão de gastos do governo de forma inteligente e com foco na justiça social. De acordo com ela, os cortes aplicados no programa Bolsa Família já geraram uma economia de R$ 12 bilhões, sem afetar os benefícios sociais.

Durante o período emergencial da pandemia, o cadastro para o Bolsa Família foi facilitado, mas com a melhora das condições de saúde e econômicas, muitas pessoas puderam abrir mão do benefício. Com o crescimento de quase 3% do país no ano passado e um aumento significativo no número de empregos com carteira assinada, Tebet ressaltou que a situação atual demonstra que muitos beneficiários do Bolsa Família já não dependem mais do programa.

A ministra enfatizou que a economia resultante dos cortes no Bolsa Família não foi feita para simplesmente reduzir gastos, mas sim para realocar recursos em outras políticas públicas. Parte desses recursos foi utilizada para resolver questões fiscais e repor políticas que estavam desativadas. Tebet assegurou que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) não será extinto.

Com relação aos desafios enfrentados pelo governo, a ministra reconheceu a necessidade de cortar gastos, mas ressaltou a importância de focar em áreas prioritárias, como educação e saúde. Ela destacou a importância de combater fraudes e irregularidades para direcionar os recursos para onde realmente são necessários.

Tebet também abordou a preservação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mesmo que sejam necessários alguns cortes temporários em obras. Ela garantiu que não há planos de cortes no PAC, especialmente nas áreas de educação e saúde.

A ministra ainda mencionou a importância da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o compromisso do governo em elaborar um orçamento que atenda às necessidades do país. O prazo de entrega do orçamento ao Congresso Nacional é 31 de agosto, e Tebet ressaltou a importância de manter o equilíbrio entre receitas e despesas para não comprometer a estabilidade financeira do país.

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