BRASIL – Ministro Barroso nega pedido do PT e mantém privatização da Sabesp em fase final, decisão gera polêmica no STF.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu negar o pedido de suspensão da privatização da Empresa Paulista de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nesta sexta-feira (19). A ação foi movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e tinha como objetivo evitar o processo de venda da estatal, que está em fase final e deve ser concluído na próxima segunda-feira (22).

Barroso fundamentou sua decisão afirmando que as supostas irregularidades apontadas no processo precisam de provas concretas, as quais não podem ser determinadas por meio de um tipo de processo como a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), utilizado pelo PT. Além disso, o ministro considerou que não cabe ao Supremo Tribunal Federal analisar questões políticas relacionadas à privatização.

O argumento apresentado por Barroso para negar a suspensão da privatização também levou em consideração o possível prejuízo financeiro ao estado de São Paulo, que poderia chegar a cerca de R$ 20 bilhões caso o processo fosse interrompido nessa fase avançada. A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a suspensão da privatização, enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um parecer contrário ao pedido do PT.

Diversas legendas, como PT, PSOL, PV, PCdoB e Rede Sustentabilidade, moveram ações contra a Lei Estadual 17.853/2023, que autorizou a privatização da Sabesp, alegando inconstitucionalidade no modelo de venda da estatal. O PT, por exemplo, contestou o valor pelo qual a empresa está sendo vendida e apontou para possíveis favorecimentos a uma concorrente específica.

Em meio a essas questões, o processo de privatização da Sabesp continua avançando, enquanto o debate sobre a legalidade e os impactos dessa operação segue em curso no âmbito político e jurídico.

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