BRASIL – Ministro da Agricultura destaca importância do autoembargo após caso de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (22) em São Paulo, onde destacou a importância da decisão tomada pelo governo brasileiro de adotar o autoembargo após a confirmação de um caso de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. Segundo Fávaro, essa medida foi fundamental para assegurar a segurança do mercado externo e evitar possíveis riscos adicionais.

A identificação do caso da doença em uma granja no município de Anta Gorda levou o Ministério da Agricultura a suspender preventivamente as exportações de produtos avícolas para 44 países, estabelecendo diferentes níveis de restrição conforme a localização geográfica. O ministro ressaltou que essa estratégia de adotar um embargo mais abrangente, em vez de restringir áreas específicas e expandir posteriormente, foi eficaz para demonstrar que o caso era isolado e não representava um aumento nos registros da doença.

Durante a entrevista, Fávaro também mencionou a continuidade das negociações com os mercados importadores de carne de frango, visando reduzir as áreas sob restrição do autoembargo. Ele enfatizou que o diálogo ocorre em nível bilateral e regional, esperando que as restrições sejam aliviadas à medida que não haja evidências de contaminação em outras propriedades avícolas.

Além disso, o ministro abordou a possibilidade de conceder anistia de dívidas para produtores do Rio Grande do Sul afetados por chuvas e enchentes. Uma medida provisória nesse sentido está em fase de elaboração e poderá ser publicada até o final do mês. Fávaro explicou que o objetivo é oferecer apoio aos agricultores atingidos, possibilitando a anistia de dívidas de custeio e investimento referentes aos anos de 2024 e 2025, além de disponibilizar linhas de crédito para reconstrução.

Por fim, o ministro comentou sobre o lançamento do Plano Safra e a reação de alguns setores do agronegócio em relação ao atraso na divulgação do programa. Ele destacou que o cronograma previsto originalmente foi ajustado devido a questões de agenda do presidente e ressaltou a importância de manter o diálogo e a parceria entre governo e setor produtivo para o desenvolvimento sustentável da agricultura no país.

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