Segundo um levantamento divulgado pela SBP, em média, três crianças e adolescentes perdem a vida por afogamento diariamente no Brasil. Entre os anos de 2021 e 2022, mais de 2,5 mil vítimas desse tipo de acidente foram registradas, sendo a faixa etária de um a quatro anos a mais afetada, com 943 mortes. Os adolescentes de 15 a 19 anos também aparecem em números alarmantes, com 860 óbitos.
Para Luci Pfeiffer, a falta de cuidado, proteção e supervisão são fatores determinantes para essas mortes evitáveis. A pediatra destaca que a grande incidência de óbitos por afogamento em crianças pequenas se deve à falta de proteção nos ambientes que essas crianças frequentam, enquanto na adolescência, a imprudência de pais e filhos também contribui para os acidentes.
Medidas simples e eficazes de prevenção são recomendadas pela especialista, como a utilização de coletes salva-vidas certificados e a supervisão constante de adultos. Também são destacadas a proibição da livre entrada de crianças em ambientes de risco, como cozinhas e banheiros, e o estabelecimento de barreiras físicas em locais com água, como piscinas.
Os dados revelam que o estado de São Paulo foi o que apresentou o maior número de registros de mortes por afogamento, seguido pela Bahia, Pará, Minas Gerais, Amazonas e Paraná. Os acidentes fatais envolvendo crianças e jovens do sexo masculino corresponderam a 76% dos registros, enquanto as meninas somaram 24%.
Diante desse cenário preocupante, a conscientização e a adoção de medidas preventivas são essenciais para evitar tragédias desnecessárias e garantir a segurança das crianças e adolescentes. A prevenção do afogamento e de outros acidentes deve ser uma prioridade, com a supervisão constante e a criação de ambientes seguros para os menores. A importância de cuidar de nossas crianças e adolescentes é fundamental para evitar perdas irreparáveis.