No setor de trabalho, a tragédia das enchentes pode resultar em prejuízos de cerca de 195 mil empregos no estado e 110 mil em outras unidades da federação, o que corresponde a 7,19% do total de empregos formais no Rio Grande do Sul e 0,69% no país.
Além do impacto nas atividades econômicas, a tragédia também tende a afetar a inflação e a dinâmica fiscal do país como um todo. O comércio, os serviços e o turismo são setores que sofrerão duramente se medidas mitigatórias eficazes não forem implementadas rapidamente.
A perda diária prevista para o comércio é de R$ 5 bilhões, representando 31,5% do faturamento esperado para maio. Já na infraestrutura e no abastecimento, a previsão é de uma queda de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas. Em situações normais, o estado responde por 7% do volume de vendas no varejo brasileiro.
Diante desse cenário preocupante, a CNC defende a implementação de medidas complementares ao pacote de apoio do governo federal no valor de R$ 46,1 bilhões, visando à reconstrução da economia do estado. A entidade destaca a necessidade de investimentos na ordem de R$ 19 bilhões para reconstruir a infraestrutura local.
Para preservar os empregos, a CNC propõe a redução proporcional da jornada de trabalho e salários, a suspensão temporária de contratos com compensação financeira, entre outras medidas. A entidade também destaca a importância do acesso ao crédito, com programas específicos para o pagamento de folha salarial e a renegociação de dívidas tributárias.
Em suma, a reconstrução do Rio Grande do Sul exigirá esforços contínuos e investimentos substanciais para restaurar a economia e os empregos perdidos. A rápida implementação de medidas de auxílio é fundamental para evitar efeitos prolongados e danos adicionais à economia gaúcha e brasileira como um todo.