Resgate de jovens atletas em situação precária em Penedo expõe esquema de falsos empresários no futebol sub-23

Na última quinta-feira (25), no município de Penedo, uma operação coordenada pelo delegado Rômulo Andrade, da Delegacia Regional, resultou no resgate de nove jovens atletas, sendo quatro deles adolescentes. A ação foi desencadeada após uma denúncia ao Conselho Tutelar, que alertou sobre a situação precária em que os atletas viviam.

Os jovens foram encontrados em uma casa insalubre, sem móveis adequados, onde dormiam em colchões e não tinham acesso a eletrodomésticos básicos, como geladeira e televisão. Eles eram, em sua maioria, provenientes de outros estados, como o Rio Grande do Norte, e tinham sido trazidos para Penedo após participarem de um campeonato sub-23 em Arapiraca, com a suposta finalidade de integrarem as divisões de base do clube de futebol Penedense.

O presidente do clube foi contatado e negou qualquer envolvimento no recrutamento dos atletas, afirmando que os testes de seleção ocorreriam apenas em agosto. Ele também desconhecia a pessoa responsável por trazer os jovens para a cidade. Da mesma forma, a mulher encarregada da casa onde os atletas estavam também negou ter conhecimento sobre a situação dos jovens ou a sua participação em competições.

Diante da gravidade da situação, o delegado providenciou o retorno dos adolescentes para as suas casas, visando garantir a segurança e o bem-estar dos jovens envolvidos.

Segundo informações da conselheira tutelar Gilvania Fagundes, ao chegarem ao imóvel localizado na parte alta de Penedo, a equipe constatou o tratamento desrespeitoso por parte da pessoa que se apresentava como responsável pelos jovens atletas. O ambiente estava sujo, com colchões espalhados pelo chão, evidenciando as condições precárias em que os atletas viviam.

O presidente do Penedense, Aércio Reis, cooperou com as autoridades, esclarecendo que o clube não tinha conhecimento das promessas feitas aos atletas e negando qualquer contato com empresários ou os próprios jovens. A investigação do caso contou com a colaboração da polícia e da comunidade local.

Esta situação alarmante chama atenção para a importância do acompanhamento e fiscalização dos ambientes onde jovens atletas se encontram, a fim de prevenir situações de vulnerabilidade e garantir que seus direitos sejam respeitados.

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