BRASIL – Junho registra déficit primário menor do que previsto, com Tesouro e Banco Central superavitários e Previdência em déficit de R$44,9 bilhões.

O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, divulgou um déficit primário de R$ 38,8 bilhões em junho, conforme informações apresentadas pelo Ministério da Fazenda. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previam um déficit de R$ 40,9 bilhões para o mês. Além disso, comparado com o mesmo período do ano anterior, houve uma melhora, já que em junho de 2023 o déficit foi de R$ 45,1 bilhões.

No desempenho de junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram superávit de R$ 6,1 bilhões, enquanto a Previdência Social apresentou um déficit primário de R$ 44,9 bilhões. Essa melhora no resultado foi impulsionada pelo aumento real de 5,8% na receita líquida e pelo aumento real de 0,3% nas despesas totais, em comparação com junho de 2023.

O Ministério da Fazenda destacou que houve uma redução de R$ 7,1 bilhões nos pagamentos de Benefícios Previdenciários em relação a junho do ano anterior, devido a diferenças nos calendários de pagamentos do 13º salário da Previdência Social entre os dois anos.

As despesas foram impactadas principalmente pelo aumento nas rubricas discricionárias e obrigatórias com controle de fluxo, que somaram R$ 5,6 bilhões, principalmente devido ao aumento de ações na função Saúde. Além disso, os pagamentos de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e de Créditos Extraordinários para o combate à calamidade no Rio Grande do Sul também contribuíram para o aumento das despesas.

No acumulado de janeiro a junho de 2024, o Governo Central registrou um déficit primário de R$ 68,7 bilhões, em comparação com um déficit de R$ 43,2 bilhões no mesmo período de 2023. A receita líquida aumentou 8,5%, enquanto as despesas cresceram 10,5%, devido principalmente aos pagamentos de benefícios previdenciários e às despesas discricionárias e obrigatórias com controle de fluxo.

Diante desse cenário, é necessário que o Governo adote medidas para controlar o aumento das despesas e melhorar a eficiência na gestão dos recursos públicos, a fim de garantir a sustentabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas.

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