O prefeito de Maceió, JHC, tem demonstrado um nível de audácia que beira a falta de respeito com as instituições e a legislação eleitoral. Recentemente, a decisão do juiz eleitoral Cláudio José Gomes Lopes, da 054ª Zona Eleitoral de Maceió, passou a impressão de uma recomendação sem força real, à medida que JHC ignora as normas e continua com uma propaganda exorbitante que beira o desrespeito pela justiça.
É difícil não se impressionar com a grandiosidade das ações promocionais da Prefeitura de Maceió. Com um orçamento de mais de R$ 2 milhões alocados para publicidade nos 30 dias finais antes da restrição eleitoral, a administração municipal tem literalmente coberto a cidade com uma avalanche de propaganda. A principal praça de Maceió, a Centenário, e as duas rodovias principais foram adornadas com uma quantidade de placas que faria qualquer artista de minimalismo se sentir pequeno. O volume de publicidade parece mais uma exibição de poder do que um simples esforço de comunicação pública.
Essa postura de JHC revela uma ousadia que parece ultrapassar qualquer padrão pré-estabelecido na política alagoana. A decisão do juiz eleitoral, que deveria ser um mecanismo de controle, parece estar sendo tratada com desdém. A multa imposta pela infração, por sua vez, é tão diminuta em comparação ao valor gasto na publicidade que se torna praticamente irrelevante. Se considerarmos o custo de uma inserção na TV, a multa se mostra um troco, e é difícil não imaginar que a Prefeitura encare essa penalidade com um sorriso irônico.