A subprocuradora-geral do Trabalho, Cristina Aparecida Ribeiro Brasiliano, destacou a importância da campanha, que teve como origem uma conciliação judicial relacionada a acidentes ocorridos durante a construção do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A subprocuradora ressaltou que o Brasil ainda ocupa o terceiro lugar no ranking de acidentes de trabalho, e o objetivo da campanha é prevenir e reduzir essas ocorrências.
O documentário apresenta depoimentos impactantes de pessoas cujas vidas foram marcadas por acidentes ou doenças relacionados ao trabalho. Um dos casos abordados é o de Lídia Maria Bandacheski do Prado, uma agricultora que desenvolveu intoxicação crônica por agrotóxicos, tornando-se incapaz de trabalhar. A triste realidade vivida por Lídia evidencia a necessidade urgente de medidas de segurança e saúde ocupacional no setor agrícola.
Outro caso comovente é o de Clodoaldo Godinho, que teve as mãos amputadas em um acidente de trabalho. O ex-jogador de vôlei se reinventou como técnico em segurança do trabalho e palestrante, compartilhando sua experiência para promover a conscientização sobre a importância de um ambiente laboral seguro.
Além dos depoimentos, o documentário traz dados alarmantes sobre os acidentes de trabalho no Brasil. Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, operações de máquinas e equipamentos são responsáveis por cerca de 15% dos acidentes registrados nos últimos dez anos. Com base em informações do INSS, as ocupações mais afetadas por acidentes de trabalho incluem técnicos de enfermagem, alimentadores de linha de produção e motoristas de caminhão.
A campanha do MPT, que teve início em janeiro de 2024 e será encerrada em agosto, aborda diferentes temas a cada mês, visando conscientizar empregadores, empresários e trabalhadores sobre a importância da prevenção de acidentes no ambiente de trabalho. A iniciativa do MPT visa contribuir para a promoção de um ambiente laboral seguro e saudável para todos os trabalhadores brasileiros.
