Esta é a primeira eleição em que toda a oposição aceitou participar desde 2015, após boicotarem as eleições nacionais nos últimos anos. As pesquisas eleitorais apontam para resultados divergentes, com algumas indicando uma vitória ampla do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, e outras indicando uma margem favorável para Nicolás Maduro.
É importante ressaltar que a Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo de Maduro. Isso resultou em uma grave crise econômica, com hiperinflação e perda significativa do PIB, levando à migração de milhões de pessoas.
Em meio a esse cenário desafiador, o país tem apresentado sinais de recuperação econômica desde meados de 2021, com a hiperinflação controlada e o crescimento econômico em 2022 e 2023. No entanto, os salários ainda são baixos e os serviços públicos continuam deteriorados, gerando insatisfação entre a população.
Apesar de um acordo entre oposição e governo ter sido firmado para as eleições deste ano e o embargo econômico ter sido parcialmente flexibilizado, a presença de denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e a recusa de alguns candidatos da oposição, incluindo o favorito Edmundo González, em assinar um acordo para respeitar o resultado eleitoral levantam preocupações sobre o cenário pós-eleitoral na Venezuela. A incerteza paira sobre o futuro do país, e cabe aos venezuelanos decidirem quem será o líder que irá conduzi-los nos próximos seis anos.