Por outro lado, a principal campanha opositora liderada por Edmundo González recusou reconhecer o resultado, alegando problemas com a entrega das atas das urnas às testemunhas da oposição. A opositora Maria Corina Machado também se manifestou, pedindo que as Forças Armadas assegurem a vontade popular. A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial desde 2017, quando vários países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, passaram a não reconhecer o governo de Maduro.
Maduro pediu respeito ao resultado eleitoral e destacou a transparência do sistema eleitoral do país, com 16 auditorias realizadas. Ele ironizou as acusações de fraude por parte da oposição, relembrando um episódio de 2004 em que alegações similares não foram comprovadas. Além disso, o presidente venezuelano denunciou um ataque hacker que teria atrasado a divulgação dos resultados e fez críticas ao presidente da Argentina, Javier Milei, que não reconheceu a vitória.
Apesar de alguns candidatos da oposição terem aceitado o resultado, como Benjamín Rausseo e Daniel Ceballos, o principal candidato opositor, Edmundo González, se recusou a reconhecer a vitória de Maduro. A líder Maria Corina Machado pediu ação das Forças Armadas para assegurar a vontade do povo. Ainda há uma expectativa em relação à publicação de todas as atas com os resultados eleitorais por urna, para verificar possíveis discrepâncias.
Líderes internacionais se dividiram entre aqueles que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador e da Argentina, e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória. As eleições na Venezuela costumam ser alvo de controvérsias e desconfianças internacionais, mas não houve denúncias formais de fraude nos pleitos mais recentes. Maduro convocou para um diálogo nacional e reiterou que irá convidar todos os setores da sociedade, buscando o entendimento e novos consensos.