BRASIL – Confrontos e vandalismo marcam protestos na Venezuela após vitória de Maduro nas eleições presidenciais: mais de 700 detidos.

Na Venezuela, o clima de tensão e violência continua após a eleição que deu a vitória ao presidente Nicolás Maduro. O Ministério Público (MP) do país afirmou que sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), estátuas, prefeituras e sedes do PSUV foram alvo de atos de vandalismo por grupos insatisfeitos com o resultado eleitoral.

De acordo com dados do MP, os confrontos resultaram na morte de um membro da Guarda Armada Nacional Bolivariana e deixaram outros 48 feridos. Além disso, 749 pessoas foram presas e a ONG venezuelana Foro Penal contabilizou a morte de seis manifestantes desde o dia 29.

O chefe do Ministério Público da Venezuela chamou parte desses atos de terrorismo e afirmou que grupos delitivos estão agindo para criar caos no país e provocar uma intervenção estrangeira. Por outro lado, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou preocupação com as detenções e a violência nas manifestações que se espalharam por 17 estados venezuelanos.

O governo de Maduro acusa parte da oposição e países estrangeiros de incitarem um golpe de Estado, enquanto a oposição e organismos como a OEA questionam a lisura do pleito e pedem a publicação das atas para auditoria dos votos.

O impasse político na Venezuela continua e a falta de transparência na divulgação dos dados eleitorais alimenta a desconfiança e a tensão na população. Enquanto isso, atos de violência e vandalismo persistem, deixando um rastro de destruição e aumento da repressão por parte das autoridades.

Ainda não se sabe como e quando os dados eleitorais serão divulgados, mas a espera pela transparência e pela verdade dos resultados eleitorais permanece como uma incógnita em meio à instabilidade política e social que assola o país.

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