Promotora de Justiça é promovida após denunciar homem negro por racismo reverso em Alagoas.

A promotora de Justiça Hylza Paixa Torres de Castro, que ficou conhecida por denunciar um homem negro por racismo reverso, foi recentemente promovida pelo Conselho Superior do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) por “merecimento”. A notícia veio à tona através do site “Alma Preta”, que acompanhou de perto o desenrolar desse caso polêmico.

O incidente ocorreu na cidade de Coruripe, onde uma discussão acalorada por conta de uma dívida acabou resultando em acusações de cunho racial. O indivíduo acusado, um homem negro, teria dirigido palavras ofensivas a um italiano, alegando que a mentalidade “escravagista” deste não lhe permitia enxergar além de si mesmo. O italiano, sentindo-se ofendido em virtude de sua “raça europeia”, decidiu apresentar uma queixa-crime contra o brasileiro.

A promotora Hylza Paixa não hesitou em tomar medidas legais diante da situação, apresentando a denúncia em janeiro. Sua atuação foi reconhecida pela justiça alagoana, que acatou a denúncia e transformou o homem negro em réu por injúria racial. A decisão tomada pelo Conselho Superior do MP-AL de promover a promotora por mérito demonstra o reconhecimento de sua competência e comprometimento com a justiça.

Esse caso levanta questões importantes sobre a atuação do Ministério Público no combate ao racismo, independentemente da origem étnica das partes envolvidas. A sensibilidade e o rigor demonstrados por Hylza Paixa servem como exemplo de como é necessário enfrentar e combater atitudes discriminatórias em nossa sociedade.

É fundamental que casos como esse sejam amplamente divulgados e discutidos para que se promova a reflexão e a conscientização sobre a importância da igualdade racial e do respeito mútuo. A promoção da promotora Hylza Paixa é um passo positivo nesse sentido, indicando que a luta contra o racismo é uma prioridade no sistema de justiça alagoano.

Botão Voltar ao topo