Os vídeos que registram os atos de violência têm sido compartilhados em meios de comunicação estatais e nas redes sociais, gerando grande impacto na população. Desde a reeleição de Nicolás Maduro no último domingo, a oposição tem denunciado fraudes eleitorais e convocado manifestações de protesto.
O presidente Maduro, ao comentar sobre a violência nas ruas e exibir vídeos dos ataques a prédios públicos e comerciais, questionou se essas ações podem ser consideradas pacíficas, desafiando o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Türk. As críticas ao governo Maduro têm se intensificado, tanto por parte de líderes de outros países, como da mídia e organizações não governamentais.
As autoridades venezuelanas alegam que os responsáveis pelos distúrbios são grupos organizados para disseminar o caos e cometer atos de violência. Cerca de 750 pessoas foram presas durante os confrontos e, de acordo com o governo, alguns desses indivíduos admitiram terem sido pagos para participar dos atos violentos.
Mesmo diante da violência e dos confrontos, a oposição realizou manifestações pacíficas em Caracas, lideradas por Edmundo González e María Corina Machado. González manifestou solidariedade ao povo diante da indignação justificada, lamentando as mortes, feridos e prisões ocorridas durante os distúrbios.
Diante da gravidade da situação, o presidente Maduro se comprometeu a criar um fundo para ressarcir as pessoas prejudicadas pelos distúrbios e a adotar medidas de proteção para as lideranças chavistas ameaçadas. A tensão política e social na Venezuela continua em um momento delicado, com desdobramentos imprevisíveis.