A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com a manutenção da taxa de juros, alegando que ela resulta em custo elevado do crédito e restringe a atividade econômica nacional. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a importância da retomada dos cortes de juros para reduzir os custos financeiros das empresas e dos consumidores, visando assim estimular a economia e a geração de empregos.
Por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) defende que a incerteza fiscal compromete a redução da Selic e que a manutenção da taxa reflete um cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias. A instituição ressalta a necessidade de um equilíbrio nas contas públicas para promover uma retomada sustentável dos cortes de juros.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apoia a decisão do Copom, afirmando que não havia margem para outra escolha diante do cenário de câmbio pressionado, inflação em alta e incertezas fiscais. A entidade destaca a importância de um posicionamento fiscal claro do governo para amenizar a situação.
Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) considera a manutenção da Selic prejudicial ao setor produtivo, devido ao encarecimento dos juros, mas reconhece sua importância para a estabilização do cenário macroeconômico. A CNC ressalta a solidez da atividade econômica e do mercado de trabalho, porém expressa preocupações em relação ao cenário fiscal.
Enquanto isso, a Força Sindical critica a decisão do Copom, classificando-a como absurda e favorecedora dos rentistas. A instituição destaca que as altas taxas de juros privilegiam os especuladores em detrimento da produção, consumo e geração de empregos no país.
Diante de opiniões diferentes, a manutenção da Selic continua gerando debates e reflexões sobre os rumos da economia brasileira e a importância de políticas que incentivem o crescimento e o desenvolvimento sustentável do país.