Segundo a ação de improbidade administrativa movida pelo Município de Saquarema, representado pelo vice-prefeito Rômulo Carvalho de Almeida, a prefeita, conhecida politicamente como Manoela Peres, e outros 14 réus estariam envolvidos em direcionamento e ilicitude de contratos, prejudicando o erário municipal. Empresas prestadoras de serviços, muitas vezes fiscalizadas por integrantes do quadro societário dessas empresas, estariam lesando a cidade.
Um dos exemplos apresentados foi o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Inovação (IDPI), gerindo uma verba de R$ 326 milhões e sendo a única a participar de uma licitação, com parentes diretos da prefeita envolvidos. O juízo de 1ª instância destacou um favorecimento econômico-financeiro à “Família Peres”, com a participação de empresas, servidores públicos, familiares e, sobretudo, da prefeita em ações articuladas para desviar dinheiro público.
A investigação revelou um clima de assédio moral contra servidores que se opõem ao grupo político da prefeita, dificultando a apuração dos fatos e a auditoria dos contratos. Diante dos indícios de participação direta da prefeita nos atos de improbidade administrativa, o desembargador determinou seu afastamento imediato por 90 dias, com o vice-prefeito assumindo o cargo.
As medidas anunciadas pela Justiça visam restaurar a ordem na administração municipal de Saquarema e garantir a transparência e legalidade na gestão dos recursos públicos. A população aguarda por justiça e correção dos desvios que prejudicaram o município, esperando que novos rumos sejam tomados para o bem da cidade e de seus cidadãos.
