A investigação que levou os fiscais até o Ceasa teve início a partir de uma denúncia de venda de sabão em pó falsificado em um supermercado em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense. O proprietário do estabelecimento apresentou uma nota fiscal que indicava que o produto havia sido adquirido de um distribuidor do Ceasa.
Durante a vistoria no Ceasa, os fiscais encontraram toneladas de sabão em pó falso armazenado na área de estoque da central de abastecimento. Em outro distribuidor, o representante informou que já havia separado o produto adulterado para evitar que fosse comercializado.
O Procon-RJ havia recebido informações da indústria fabricante sobre a falsificação do sabão em pó original. Há dois meses, o fabricante ofereceu treinamento aos fiscais do Procon para auxiliá-los na identificação de produtos falsificados que estavam sendo vendidos no mercado.
Após a capacitação, os fiscais aprenderam a reconhecer características como a ausência de marca d’água na embalagem do produto, que só pode ser verificada por luz negra, e a facilidade de abertura das caixas de sabão em pó falsificado, que são lacradas manualmente, ao contrário das caixas originais que são lacradas por equipamentos automáticos na linha de produção.
Outra ação realizada no dia anterior, em conjunto com a Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor (Sedcon) e a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, resultou na apreensão de 20 toneladas de sabão em pó falsificado. No Supermercado Megabox, em Olaria, e em pequenos mercados na Baixada Fluminense, foram retiradas do mercado 18 toneladas e duas toneladas do produto adulterado, respectivamente.
O presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, alertou para o prejuízo que os consumidores sofrem ao adquirir produtos falsificados, que muitas vezes são atraentes devido aos preços mais baixos e à semelhança com os produtos originais. Coelho ressaltou que os produtos falsificados não possuem a mesma qualidade e durabilidade dos originais, e que os consumidores acabam perdendo dinheiro ao optar por esses produtos adulterados.